quarta-feira, 30 de novembro de 2011

universo
obrigado

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sou capítulo
eu acho que eu sempre quis ser capítulo
pequena eu inventava
o mundo, amigo govinda, não é imperfeito e não se caminha lentamente rumo à pergeição. não! a cada instante é perfeito. todo e qualquer pecado já traz em si a graça. em todas as criancinhas já existe o ancião. nos lactentes já se esconde a morte, como em todos os moribundos há vida eterna. a homem algum é dado perceber até que ponto o seu próximo já avançou na senda que lhe coube.
e quando estavam as 25 crianças loucas subindo nas classes e voando pela sala chega a professora, e eu me cago toda porque a professora ficava bem brava quando tinha bagunça na sala, e ela veio com o professor do alicate enorme na mão. antes que eu pudesse pensar, ai a mulher vai ficar louca, o professor disse que era o dentista maluco e começou a correr atrás das crianças que corriam, gritavam, riam muito e se grudavam nas minhas pernas. então ele pegou uma delas e jogou numa classe pra arrancar os dentes com o alicatão.

\o/

sábado, 26 de novembro de 2011

- escrever é bom. pensar é melhor. a inteligência é boa. a paciência é melhor.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

o azul era azul, o rio era rio e, posto que, nesse azul e nesse rio abrangidos por sidarta existisse, escondida, a ideia da unidade, o divino, era, contudo, peculiar do divino, ser amarelo aí e azul lá, céu ali e mato acolá, e também ser sidarta, aqui, neste lugar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

eu quero ser espirito

segunda-feira, 21 de novembro de 2011



e dai a carta me abracou
y agora eu pensei que to perdendo o controle da mente
de uma forma tão opressiva
que deu até vontade de ficar triste
mas isso não pode também
também permaneço descontente com os espanholismos deste computador
e achando essa apple demoníaca

domingo, 20 de novembro de 2011

soh fumo

sábado, 19 de novembro de 2011

o frusciante tambem um dia escreveu um lance que me deu um varaço na cabeca
ele disse que a unica coisa certa a se fazer pela humanidade eh fazer o nosso proprio lance

NAO FORAM EMBORA COISA NENHUMA!


preciso beijar as maos desses caras
eles me salvaram a vida infinitas vezes essas ultimas semanas

eh como descobrir tudo que eu havia esquecido de lembrar que existe

mais fodida e sozinha do que nunca

soh eu e deus, na parceria

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

68. consciencia



eh engracado ter tirado essa carta

meu mestre eh a forca mais engracada do universo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

A Clara

A Clara tem um mapa bastante cármico. Cheio de caminhos, lições, erros e acertos do passado que deságuam na vida atual. Por isso, ainda que de forma não óbvia ou não consciente, o passado pode envolvê-la numa curiosa fascinação, hipnotizando-a e como que a fazendo retornar a velhas formas de comportamento que podem desviá-la do objetivo real de pesquisar o passado. Assim, sem dar-se conta, pode misturar atitudes, pensamentos e emoções de tempos e lugares diferentes, revivendo esta amálgama na existência atual, onde freqüentemente gera confusão, por estar fora de contexto, quando o objetivo lúcido pede apenas para servir-se das informações do passado como meio para compreender e seguir na busca do resultado ou mesmo do caminho desejado.

Muitas vezes esse passado pode ser como uma areia movediça, que é segura o suficiente para permitir uma olhada para trás, desde que não caminhe naquela direção. Passos naquela direção podem mergulhar a Clara em memórias tão densas que pode levar anos para conseguir sair delas outra vez, precisando da ajuda de muitas pessoas.

Assim, a curiosidade, que é um grande dom, pode ser também uma inimiga, pois se flashes deste passado penetram na mente consciente, a própria insaciável curiosidade pode levar a Clara a retornar para buscar mais. Assim, para acertar-se com seu passado, tende a buscar mais do que a compreensão intelectual: desejando senti-lo intuitivamente, relacionar-se com ele emocionalmente, ver, tocar e perceber sua realidade e intensidade, ela inadvertidamente torna-o a realidade do seu presente.

Então, sem saber, ela se projeta em uma outra zona de tempo. Seu computador interno, na verdade, foi reprogramado, mas esta reprogramação é tão sutil que ela não a percebe, até que as advertências daqueles com quem convive a chamam para a realidade de um comportamento de algum modo inadequado para a sua vida atual.

Em outras palavras, toda a rica experiência de passado da Clara deve ser honrada e aproveitada como um importante banco de memória de níveis já vividos, mas é importante não afundar em suas múltiplas impressões para poder mover-se adiante. Até apoiando-se no passado, mas sem enredar-se ou deter-se nele.

Existe uma experiência ainda não tentada, existe um novo ciclo que a alma da Clara vislumbra. É claro que surgem apreensões pelo desconhecido e pelo risco das novas experiências ainda não tentadas, mas há o magnetismo puxando a alma para o seu futuro crescimento, exercendo sua natural força atrativa. É onde a Divina Providência está tentando algo novo, algo para o qual ela recebe muita ajuda em seus esforços. Nos níveis mais profundos de seu ser ela sente um direcionamento que a incita a cumprir seus objetivos frente a quaisquer obstáculos. De fato lá estão as “preciosas promessas”, oferecendo um benefício após outro à medida que cada obstáculo é transformado em ponto de apoio ao futuro crescimento. As experiências novas parecem solitárias no início, já que há a insegurança no próprio caminhar; mas, com atenção, é possível perceber que os testes de coragem têm muito sentido: que ela deve enfrentar sozinha o núcleo do seu ser, onde cada nova aventura a revela como personagem única vivendo sua própria experiência jamais igualável. E a novidade extrema de tudo, produz nela uma fascinação especial. Isso não é uma ilusão, mas sim o verdadeiro sinal da alma apontando o caminho. Em outras palavras, a sinalização que a alma dá é a excitação e o entusiasmo sinceros que algo desperta. Lá está o rumo evolutivo, o aprendizado novo, sem culpa, sem erros. Sempre que a Clara sente isso, está diante de uma placa que indica um sentido, incitando-a a andar; porém, a cada vez que ela pensa que está chegando ou mesmo que atingiu a meta, cada vez que as suas mais elevadas possibilidades se mostram visíveis, mais e mais tem que seguir e desbravar o território inexplorado. Caminhar, passar por outros testes e apresentar um crescente desejo de seguir e seguir e seguir adiante, à medida que vai se desprendendo das armadilhas da intrincada teia de emoções, ações e pensamentos do passado.

A Clara enfrenta o descontentamento interior com os modos antigos e ineficientes de viver que nutria há muitas vidas somado ao grande desejo de descobrir e explorar os maiores potenciais de seu futuro. A cada novo passo dado ela começa a se sentir melhor consigo mesma, sua vida adquire novo significado sempre que ela experimenta novas possibilidades nunca antes consideradas. Mas só tem a certeza dada pelo coração de que está no seu rumo quando se eleva e se distancia dos níveis cármicos do passado, sabendo então renunciar com graça àqueles hábitos negativos e memórias que não servem mais aos objetivos de vida atual.

Para ser feliz ela precisa seguir caminhando mesmo diante das incertezas, até sentir que não há mais pegadas atrás de si. E aí, por mais que ela se realize a atinja seu próprio rumo, sempre haverá mais por seguir, pois está na espiral transcendente sem começo e sem fim rumo a Deus.

Há, certamente, muitas lições a serem aprendidas no terreno das associações, matrimônios e a cooperação com os demais. Em vidas passadas, a Clara só podia contar consigo mesma para todas as suas ações e pensamentos. Nesta vida, a sua alma recorda todo o individualismo e a independência de que desfrutou. É difícil acreditar que a continuação de seu egoísmo das vidas passadas cria todos os seus atuais problemas, já que na superfície isso talvez não seja claramente observável, mas será perceptível com uma observação mais profunda e suficiente sensibilidade para adentrar nos seus níveis mais internos.

Mesmo quando está vivendo ou amando alguém, a Clara talvez esteja separada física ou mentalmente de quem aparentemente é o foco de seu sentimento.

Seu carma é aprender a consideração pelos demais. Em vidas nas quais estava aprendendo a auto-valorização, precisou se ver como o centro das atenções, projetou a si mesma com mais importância, com forte ênfase do seu eu sobre o ambiente externo. Essa atitude tornou-se automática e pode nem ser notada hoje, de tão natural; no entanto agora, evolutivamente, o pólo oposto é que deve ser desenvolvido, para que haja finalmente o equilíbrio do Ser. Como há uma ênfase magnética no Eu em detrimento do outro e esta é uma questão energética a ser cuidadosamente trabalhada e equilibrada, ela distancia o mesmo amor que declara que lhe negam. A Clara, nesta vida, deve chegar ao ponto de estar disposta a ter todo o poder, força e confiança e dar com todo o seu coração, sem sentir-se mártir. Está destinada a dedicar sua vida aos demais e foi preparada durante muitas vidas para encontrar-se agora com pessoas que necessitam muito do que só ela pode oferecer. Sua lição cármica é desenvolver a bondade e a compreensão ao seu redor, deixando de focar em si, pois só assim será possível atingir o equilíbrio energético interno que permitirá que a sua vida flua bem e harmonicamente , inclusive tornando-a, finalmente, realizada em suas relações íntimas.

Em outras palavras: há um caminho, não é instantâneo, todo um reequilíbrio de polaridades precisa ocorrer, mas, para que isso ocorra, é importante primeiro pensar na felicidade dos demais, abdicar de si mesma. Somente depois disso ser natural e autêntico ela naturalmente passa a atrair para si tudo aquilo que teria desejado de bom, que a faz feliz e em paz. Sua felicidade não está na euforia, mas num equilíbrio de harmonia e realização que traz beleza e tranqüilidade e que é fruto de ter levado tudo isso (paz, beleza, harmonia, tranqüilidade) para a vida das outras pessoas que cruzam o seu caminho ou que compartilham o seu ambiente de alguma maneira, especialmente as pessoas mais íntimas.

Demasiados resíduos de outras vidas, baseados numa grande preocupação consigo mesma, bloqueiam os seus progressos, mas ela é verdadeiramente aquela que pode alcançar satisfação através de sacrifícios pelos outros.

Quando ela nasceu, o signo de Capricórnio ascendia no horizonte leste. Como o Ascendente é nossa porta de entrada nesta vida, indicando nossas primeiras impressões e decisões acerca do comportamento usado para interagir com o mundo, vamos perceber aqui a necessidade que a Clara trouxe de desenvolver, através desta vida, uma apreciação dos dois lados a vida associados a Saturno, regente de Capricórnio, ou seja, um princípio restritivo, crítico e frio paralelo a outro de sensualidade, licenciosidade e indulgência.

Capricórnio ascendendo sempre identifica um envolvimento cármico importante com os pais ou um dos pais e, num sentido mais profundo, há uma consciência subliminar de que existe uma missão cármica a ser cumprida e que os mestres do conselho cármico a observam. Esta consciência traz a sensação estranha de haver um pai severo - não necessariamente o pai carnal, mas algumas vezes sua presença também traz esta impressão - observando tudo e esperando obediência, além de certas realizações. Saturno, regente do Ascendente, está, neste mapa, conjunto a Júpiter, ambos estando retrógrados e, portanto, reforçando o indicativo de estar trazendo uma importante tarefa cármica para esta vida, algo que foi iniciado e não concluído em um passado. A energia e o entusiasmo jupiterianos podem estar contidos por Saturno, mas é importante que a Clara saiba e se permita cultivar tais qualidades e usá-las, então, de forma prática e produtiva, dentro de limites definidos. Falando um pouco de astrologuês, diríamos ser importante observar que Júpiter, além de ser regente de Sagitário, o signo anterior a Capricórnio e regente de sua casa 12, a casa dos processos subconscientes, é também co-regente de Peixes, seu signo solar, cujo regente principal, Netuno, se encontra em Sagitário na mesma casa 12, seu domicílio natural. Deixando o astrologuês de lado, apenas ressaltamos que a conexão entre Saturno, Júpiter e Netuno acentua de forma marcante o propósito profundamente cármico dessa existência da Clara. Embora seu signo solar, Peixes, a incline a um grau de dissipação de foco e energia, ela não pode apenas fluir ou boiar com qualquer coisa que apareça; nem tampouco pode permitir que qualquer capricho ou paixão a soterre. A fim de atender às exigências do "pai dentro de si mesma", ela precisa planejar com cautela sua vida e estruturá-la, construindo-a lógica e calmamente conforme suas metas e ambições. A energia tem de ser medida com muito cuidado, isso exige disciplina e controle.

Capricórnio rege os joelhos e cedo ou tarde quem tem uma configuração cármica relacionada a Saturno e Capricórnio passa pela experiência necessária de se curvar diante de uma autoridade maior - interior ou exterior - que espera algo que seja feito ou mesmo esta postura. Isto não é algo ruim ou negativo, é apenas uma escoha cármica para um aprendizado maior e enobrecimento da Alma, mas não se pode negar que é muitas vezes através de grande carga de trabalho e frustrações que Saturno esculpe seus escolhidos, apresentando-lhes a necessidade de viver um grau de humilhação para que possa aceitar e compreender certas leis, limites e estruturas.

É preciso fazer algo consigo mesma, a partir do material pessoal e alcançar certo valor e respeito coletivos. Então a posição de Saturno, Júpiter e também de Plutão, todos retrógrados na Casa 10 do mapa, irá confirmar e reforçar a importância cármico-evolutiva de relacionar o propósito individual ao propósito maior, encontrando na área de carreira e vida pública os meios para levar algo importante de si ao mundo e ao mesmo tempo sabendo atuar ou interagir com as exigências da sociedade, de forma a poder alcançar suas metas não apenas mundanas, mas também espirituais; enfim, seu conjunto de propósitos existenciais para a esta vida. Ela pode se rebelar ou tentar escapar de lições e responsabilidades, mas é mais provável que ela de fato se sinta melhor encarando suas obrigações, tanto diante de si mesma quanto diante dos outros.

A Clara tem a capacidade de lidar com eficiência no mundo material. É desenvolvendo seu conhecimento em potencial para lidar com assuntos práticos e organizá-los que ela vive um sentido de organização e consumação. É grande a sua capacidade para ordenar o caos, a sua visão das possibilidades e do caminho para torná-las realidade. E há aquele lado que mencionamos anteriormente, o lado carnal, sensual. Talvez justamente a consciência das duras realidades da vida seja o que permitirá, por contraste, desfrutar de tudo o que é sensual e bonito.

Quando um signo cai no Ascendente, fatalmente seu signo oposto cai no Descendente, que descreve nossa busca do "outro", o que esperamos dele, o que oferecemos, como nos relacionamos.

Quando Capricórnio ascende no leste, Câncer desce no oeste. A imagem de Câncer, sensível, não agressivo, arredondado, opõe-se com naturalidade à imagem de rigidez e inflexibilidade de Capricórnio. E tempera e modera essa imagem.

De fato o Ascendente é a persona, a imagem que permitimos ser passada de nós mesmos para o mundo. Capricórnio no Ascendente faz seu investimento na imagem algo intratável, em certa rigidez externa que, como provém de aspectos cármicos, liga-se também a uma falta de confiança em si. Talvez justamente por isso, haja um grau de carência emocional que procura ser suprida lá na casa 7. Quer poder se refugiar de sua imagem de dureza ou mesmo da dureza do mundo lá fora nos braços aconchegantes de alguém sensível que possa dar mimos e acalentar seu coração. Aliás, inegavelmente Capricórnio Ascendente é singularmente sensível aos sentimentos dos que o cercam e é também bastante capaz de adaptar-se para ir ao encontro das necessidades do parceiro ou de qualquer pessoa próxima com quem sinta algum vínculo. Se em uma esfera da vida vamos longe demais numa direção, a vida nos compensa em outra parte. Esta sensibilidade ao outro naturalmente a auxilia também a dar o importante passo evolutivo proposto pela Alma de, dessa vez, sair de si, realizar um nível de entrega verdadeira e aprender a novidade em seu caminho, que é esta dedicação plena, até hoje nunca realizada e nem desejada no decorrer de suas vidas e experiências passadas.

Saturno é Cronos, é o tempo que age aperfeiçoando, talhando, tornando quem está sob sua regência melhor e mais feliz conforme os anos passam. Fisicamente, confere certa tensão que deverá ser aliviada através de um trabalho pessoal consciente. Pode também haver algo diferente na estrutura óssea facial.

De uma forma positiva, a Clara possui um dom natural para equilibrar a sua prória personalidade, mesmo em face das tensões ou desequilíbrios internos que possa experienciar. Consegue isso graças a uma harmonia desenvolvida entre seu caráter e seus sentimentos, o que lhe confere bom temperamento, otimismo e simpatia, qualidades que sempre favorecem sua vida íntima, social e familiar.

Devido a todas as qualidades já desenvolvidas em tantas vidas, a Clara pode facilmente ir longe na liderança, direção e assistência de muitas almas para que essas alcancem uma melhor compreensão dos princípios elementares universais. É através desse tipo de atuação que ela pode hoje revelar os propósitos mais nobres de sua Alma, tornando-se conhecida por seus elevados princípios.

Embora haja certas lições que envolvem algum sacrifício na busca por atingir o sagrado em seu Ser, há, sem dúvidas, muitos dons e qualidades que suas personalidades de vidas anteriores já desenvolveram com dedicação e que hoje estão presentes em toda essa amálgama de características. Muitas vezes as experiências fortes que atraímos desenvolvem tanto qualidades muito positivas quanto aquelas outras qualidades que acabam gerando mais dificuldades pessoais, mas apenas porque tudo isso é parte da beleza de nosso caminho de encontro com o nosso próprio centro.

Do passado cármico, a Clara traz a capacidade de fazer o que se espera dela e de criar o que é necessário sem se deixar limitar pelos sentimentos ou por considerações de natureza pessoal, ainda que, sob a superfície, estes estejam atuando e até mesmo envenenando a ela mesma. Este é o detalhe importante, pois ela chegou a passar pela experiência da auto-negação externa e da dedicação aos outros, mas em seu coração, não sentia esta entrega, não achava isto justo e permanecia centrada em si, alimentando a distância afetiva em seus níveis interiores. Tudo isto vem também de vidas em culturas remotas cujo povo convivia com essa forma de autonegação. Talvez tenha aprendido a lidar com condições e desafios rudes sem desperdiçar energia nas suas necessidades pessoais (sentimento de injustiça sufocado, origem de vontade de vingança e profunda dor secreta). A supressão – em vidas anteriores – de sentimentos pessoais que eram intensos internamente, embora fossem em grande parte jogados para o inconsciente, pode hoje faze-la parecer fria, insensível ou indiferente quando, na verdade, ela é muito afetuosa e compadecida para com os demais seres, basta agora equilibrar o adormecido sentimento de ter vivido injustiças contra sua individualidade autêntica através do perdão a tantas sombras do passado que, se a fizeram sofrer, por outro lado foram a base para que ela se centrasse em seu autoconhecimento e auto-respeito. Finalmente nesta vida ela já chega se conhecendo e se respeitando e podendo então, finalmente , deixar as camadas duras da autoproteção para buscar o próximo de coração e amá-lo indistintamente, incondicionalmente.

Nas encarnações precedentes, chegou a adquirir um profundo sentido de justiça; no entanto, como mencionamos, pode arrastar consigo ressentimentos contra certas injustiças vividas naquele passado. Circunstâncias de vida atual que são recriadas a partir daquele magnetismo das experiências do passado cármico (recaindo no padrão de recriação até que a energia seja transformada) produzem naturalmente o mesmo sentimento de revolta por coisas que ela ainda hoje percebe como injustiças. Quando puder relembrar que tais experiências foram escolhidas por sua Alma para que a personalidade encarnada pudesse aprender a amar verdadeiramente, refinando seu amor a ponto de não mais sentir mágoa, raiva ou dor por tais injustiças sofridas, passará a saber com mais clareza que cada outro ser está já mergulhado em seu próprio drama e é provável que a um ser assim endurecido seja muito mais difícil abrir o coração do que ela poderia sequer supor, mas há aqui uma dose de espelhamento que quando a Clara for suficientemente forte em seu caráter para olhar-se sem proteções e ilusões, poderá reconhecer e então, com mais sinceridade, buscar seu caminho de transformação. Quando puder dar o perdão sincero e ainda amar quem mais a feriu, devolverá aos poucos, a si mesma, a consciência (uma vez perdida) dos acordos feitos em outras esferas: a consciência de que aquele alguém que veio na vida assumir o papel de quem a magoa, fere, injustiça, é ou são aquelas almas que mais a amam e a quem ela mais ama. Almas que a amaram tanto que concordaram em encarnar assumindo um papel com o qual ela necessitava contracenar para sua evolução e refinamento de sentimentos e capacidade de amar, mesmo sabendo que, assumindo tal papel de provocar ou atiçar seus pontos mais fracos, iriam receber sua raiva e até sentimentos de vingança.

Embora saiba passar uma atitude responsável e até bastante tradicional, distingue-se por seu modo de pensar pouco convencional e sempre é capaz de uma surpresa. Aguarda novos desenvolvimentos com muita curiosidade e seus pensamentos muitas vezes referem-se ao futuro. Empenha sua força mental para tornar-se precursora de uma sociedade mais humana e não se atém às convenções, mesmo quando as utiliza como caminho. As pessoas gostam dela, pois tem humor e muita energia. Sendo uma pessoa espirituosa, procura discussões de alto nível intelectual e sente-se muito bem quando pode demonstar a sua originalidade.

Através de sua forma de pensar e comunicar, busca enfraquecer estruturas antiquadas e promover pensamentos novos. Sabe que o tempo está correndo e que, portanto, reformas radicais são necessárias. A este respeito, talvez até mostre veemência demais, exigindo demais das pessoas cuja mente não é tão flexível como a sua, mas usa a atitude conservadora como fachada para melhor poder interagir e até mesmo influenciar o ambiente e adquirir sua segurança pessoal. Detesta falsidades; irrita-se se o seu meio não quer ver que o mundo deve ser transformado e se quem está ao seu redor se atém ao modo de pensar tradicional. No que diz respeito a isso, ele provavelmente há de tornar-se mais paciente.

Não lhe custa muito estudar um tema com a devida objetividade e não se ofende com críticas honestas, a não ser que elas não sejam objetivas e visem a machucá-la pessoalmente.

Seu senso artístico e emocional é acentuado, mas seu potencial para o sonho e o idealismo tendem a acentuar a tendência a ter amores platônicos, cujo sentimento puro e espiritual faz sonhar e enche de felicidade. Esses sentimentos costumam funcionar melhor na amizade do que na vida matrimonial, embora possam funcionar bem em uma união realmente profunda com alguém que tenha legítimas aspirações espirituais ou que seja um verdadeiro complemento divino seu.

Talvez precisemos ir um pouco mais fundo neste processo de despertar, pois a natureza da Clara, como a de todo o ser humano, tem as suas complexidades e isso, obviamente, gera lutas interiores. Uma de suas grandes dificuldades talvez seja saber qual é o seu desejo, o que de fato ela quer. Grande parte de seu direcionamento e auto-afirmação se encontram diluídos ou desfocados pelo excesso de fantasias e ela pode tomar atitudes sem saber exatamente a real motivação de seu comportamento.

No mapa da Clara, vira e mexe, tudo volta a conduzir ao ponto crucial de sua missão de transcendência sobre os hábitos, vícios e apegos do passado, despertando e elevando todos os seus inegáveis dons.

Toda esta dinâmica energia mental, igualmente relacionada ao ego, é permanentemente desafiada evolutivamente a também se tornar sagrada e conciliar-se com a transpessoalidade. Sua opção pelos anseios universais que sente, fará com que adeqüe seus desejos e metas a uma visão mais abrangente e espiritual, passando, em certo sentido, a desejar fazer aquilo que sente que deve ser feito em benefício do Todo. É como se sua preocupação obsessiva para consigo se entregasse à visão de uma realidade mais ampla e começasse a agir baseada em uma perspectiva planetária.

Nós, seres humanos, somos naturalmente imperfeitos. Nisso reside nossa criatividade e beleza. Ao assumirmos e nos conscientizarmos daquilo que chamamos de defeitos, tornamo-nos mais reais e verdadeiros, além de mais sábios. O único “defeito” imperdoável é a inconsciência de si, que se torna a negação de fazermos opções e nos coloca, inevitavelmente, na situação de últimos.

E apesar de tudo isso,de todas as possíveis reações, se formos ainda mais fundo nesse amplo e complexo SER que é a Clara, chegamos ao ponto em que descobriremos que todas as suas idéias sobre o certo e o errado, a moralidade do mundo que ela percorre e a justiça das opiniões de outras pessoas, tem pouco efeito sobre o que sente interiormente.

Numa empenhada tentativa para ser justa, a Clara desenvolve seu próprio e singular conjunto de padrões. Em grande parte, esses padrões vêm de experiências pessoais de vidas passadas, mas muitas dessas experiências refletiram de um de outro jeito bem cedo nessa vida, algumas apenas sob a forma de impressões. Também há aqueles que se formaram através da vida atual, mas o fato é que tais padrões não são um reflexo da consciência de massa, mas sim concepções particulares da Clara a respeito do Universo.

Ela é muito consciente de diferentes lugares e do quanto estes são parecidos uns com os outros. Ao mesmo tempo, tem consciência de diferentes níveis em sua maneira de pensar. Ela é sempre uma estudiosa da mente, esperando experimentar uma riqueza abundante dentro de si mesma que, espera, irá finalmente igualar as possibilidades que lhe são acessíveis no mundo exterior. Tudo isso produz uma insatisfação que se manifesta numa inquietude interior.

A Clara gosta de levar as coisas adiante, buscando a essência de uma idéia e relacionando-a à sua importância mais do que com os detalhes necessários para coloca-la em prática. E ela pode ser fortemente auto-motivada, mas é bom prevenir-se para não tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo.

Basicamente, é um espírito livre e, embora vá se adaptar aos ideais da sociedade que lhe são úteis, lutará constantemente para conservar seu senso de individualidade, tão querido e pisoteado em vidas anteriores e tão valorizado e conquistado nessa vida em que a consciência de si realiza um tipo de trabalho de conclusão para finalmente partir para a próxima etapa evolutiva que, como falamos, em seu caso é a sincera entrega ao próximo, ao amor altruísta.

Sem dúvidas a Clara herdou de todo o seu passado, uma grande sabedoria, talvez chegando quase a uma habilidade profética. Podendo calar-se por muito tempo e algumas vezes preferir permanecer calada se ninguém falar com ela, é capaz de resumir em poucas palavras a essência de extensos projetos minuciosos e complicados que confundiriam outras mentes pela profusão de trivialidades.

A honestidade da Clara para com ela mesma é uma das suas qualidades de maior destaque, mas é possível que ainda guarde rancores semiconscientes, oriundos de vidas passadas, algo que parece fundar-se num desejo muito antigo, até acabado, de acertar as contas, mas que parece projetar-se outra vez em novas pessoas no presente. Apesar disso, é concedida à Clara a oportunidade para ver a si mesma através de sua mente superior e, ao fazer isso, alguns de seus auto-envolvimentos pessoais dão lugar a uma compreensão mais impessoal e elevada.

Assim, o desenvolvimento da riqueza interior e o aprimoramento do SER vem a preceder outras buscas mais mundanas.

Parte do carma com o qual a Clara lida irá falar da introspecção através da mente superior. Ela sente que precisa ser capaz de se justificar para si mesma a fim de que possa sentir que é verdadeiramente merecedora do respeito e da honra que lhe vêm por mérito nessa vida.

Em alguma encarnação anterior deve ter havido um grande respeito por algum princípio filosófico ou espiritual que ela viu ser desrespeitado. Na vida atual ela se sente até mais determinada a reafirmar em sua mente o valor deste princípio. Ela tem que se prevenir para não julgar os outros, já que vê um mundo exterior vibrando com regras que ela não pode compreender. Apesar disso, deve ter paciência com os outros, especialmente se espera que venham a escutar a expressão das suas verdades interiores.

Há muita experiência de dejà-vu na vida da Clara, pelo fato de haver uma conexão direta entre sua vida atual e suas vidas anteriores. Tempos e lugares do passado podem parecer estar todos misturados num presente contínuo de tal modo que, a qualquer momento ou em qualquer lugar, ela generaliza aquele tempo ou lugar para os tempos e lugares semelhantes que ela experimentou. Assim, sua consciência se expande através dessas duas dimensões continuamente. Ela talvez não saiba como restringir sua mente totalmente no interior até um foco perfeito. Ao contrário, ela tende a absorver do meio-ambiente os símbolos de seus pensamentos, aprendendo finalmente que qualquer lugar é também o seu lar e qualquer tempo é agora! Quanto mais estes símbolos exteriores representam as verdades que ela viveu ou aprendeu numa vida anterior, mais confortável ela se sente.

Muitas vezes pode ter assumido o papel de justiceira. A lição cármica presente aqui é a de poder julgar sem condenar e sem se deixar implicar pessoalmente nas questões dos outros e, claro, sem inflamar-se. O que pode ajuda-la significativamente a trilhar sua senda evolutiva é encontrar uma filosofia que lhe toque o coração e a Alma, que traga o sentimento de paz por estar em seu próprio caminho.

Como dissemos, no mapa da Clara, Netuno, regente de Peixes, seu signo Solar, está em seu domicílio natural, a décima segunda casa, embora no signo de Sagitário. Netuno naturalmente é associado à casa 12 e a Peixes e, estando localizado dessa maneira, pode apresentar uma dose dupla de satisfação ou de insatisfação. Existirá indubitavelmente muita coisa que ocorre debaixo da percepção consciente. A situação não precisa seguir assim para sempre, mas certamente é essa a tendência, a não ser que um trabalho deliberado seja feito para trazer à consciência seus valores inconscientes, grande parte de sua emoção e inclusive sua fé e crenças.

A parte mais difícil de tal configuração netuniana é exatamente essa falta de consciência de si mesma entrando em choque com uma personalidade baseada exatamente na autoconsciência e no autocentramento. O estranho então será a maneira como essa falta de consciência atua. Para qualquer um de nós, aquilo que vem a partir de níveis inconscientes tem muito mais poder – e mais liberdade - de nos afetar do que os impulsos dos quais temos consciência; mas, quando conhecemos nossas tendências particulares, podemos analisá-las e trabalhar nelas se assim o desejarmos.

Assim, se a Clara tem um forte impulso inconsciente em determinado sentido, o que pode se externar como determinada ambição, poderá também ter a tendência completamente automática de colocar as questões referentes a tal impulso ou ambição antes de outras áreas de vida ou relações que podem estar carentes de sua dedicação para que ela mesma, como Ser íntegro, esteja em maior equilíbrio. Se ela se der conta disso, passa para a posição de poder fazer escolhas bem pensadas, ao invés de automáticas. Não fará mais simplesmente a suposição de que aquele aspecto que lhe é instigante tenha que estar sempre em primeiro lugar; verá que, às vezes, outras questões, áreas da vida ou relações podem merecer mais atenção. Tudo irá depender das circunstâncias, claro, mas o ponto importante aqui é que, estando consciente das suas próprias tendências, passa a ter mais autoridade sobre a própria Vida, para escolher a partir de um ponto do Ser mais elevado do que a reação automática cujo verdadeiro fundamento reside em questões inconscientes. Passa a ser livre para reagir de diferentes maneiras, livre para tomar decisões conscientes que trarão resultados que são os frutos dessas decisões e que terão também este sabor particular.

Para a Clara, pode ser difícil perceber, mesmo que remotamente, que valores supremos e incontestáveis determinam a maneira como interpreta o mundo à sua volta, bem como o modo como interpreta o seu próprio comportamento e atitudes. Os valores são incontestáveis a ponto de estarem além do desafio. Pode assim ser difícil para a Clara simplesmente digerir o conceito de como os valores afetam suas percepções e, conseqüentemente, suas atitudes e seu comportamento. Seus valores simplesmente são o que são e a tendência é resistir à classificação ou à definição. Ela pode ficar tão cercada e absorvida por seus valores que não percebe o quanto estão presentes, assim como não percebemos o ar ou como os peixes não percebem a água. Isso faz com que também não consiga separar a si mesma ou a suas experiências desses valores, pois, já desde um longo passado, eles se tornaram como que parte de seu Ser, se tornaram absolutos em sua vida e desafiá-los significaria desafiar as suas necessidades mais profundas e até aquilo que é mais sagrado para ela. O problema não é que isso exista, pois é parte de sua história, algo que merece ser honrado. O problema é ter sido absorvido pelo inconsciente e, por isso, dirigir em muito suas escolhas e sua vida sem que ela possa conscientemente perceber o processo decisório e até honrar com sua consciência e coração seus valores sagrados, além de escolher se quer avançar em sua jornada com o mesmo sistema de valores pessoais que há tanto a acompanha ou não.

A necessidade mais profunda da Clara é descobrir e viver a sua herança espiritual. E ela está mais perto dessa herança do que quase todas as outras pessoas; contudo, é incapaz de traduzi-la em termos que o mundo possa compreender. Isto não a aborrece particularmente, mas qualquer obstáculo à sua meta pode parecer terrivelmente doloroso e injusto, embora ela venha a encara-lo muitas vezes apenas como parte irreal do mundo, como algo que ela possa desprezar. Na verdade, aí muitas vezes estão importantes sinais de sua própria jornada cármica, de aprendizados e planos de desenvolvimento.

Em algum nível a Clara é muito mais sintonizada do que a maioria das pessoas com o mundo do espírito, de cura, da energia harmonizadora de amor absoluto que flui através de nós e á nossa volta, bastando tomar conhecimento de sua existência. Ela certamente possui habilidades psíquicas, como comentamos em vários momentos. E jamais aceita totalmente o mundo tridimensional e a realidade que vemos, embora muitas vezes se esforce para isto e até firme sua imagem externa em certos preceitos "realistas", porque, mesmo que isso se dê num nível ainda indistinto, sua conexão inconsciente a faz consciente de que o Universo abarca muito mais do que as mentes humanas possam conter.

Por um lado é bom que seja necessário trilhar o caminho da consciência para abrir este véu que esconde sua plena abertura psíquica, espiritual e emocional. Na verdade, é uma maneira de proteger seu tesouro de sua própria violação, pois há o perigo de que, se a Clara acessasse esse ilimitado inconsciente antes de conhecer melhor a si mesma e de ter uma percepção do seu EU, tenderia a se sentir oprimida e assustada. Poderia achar que as opções negativas representadas por Netuno são uma tentação irresistível (magnetismo de caminhos já percorridos nas experiências de outras vidas). Poderia então crer que havia encontrado uma maneira de se libertar das condições limitantes do corpo físico e exigências mundanas sem perceber a armadilha abrindo-se à sua frente. Porém, fazendo o caminho do autoconhecimento por opção, ela pode honrar verdadeiramente a si mesma e à sua ampla visão e percepção sutil.

A Clara deveria examinar longamente a sua tendência de idealizar a paz, o amor universal, a santidade ou pureza, o sacrifício e o serviço, a arte, a música, a fantasia e o próprio caminho espiritual. Há a tendência a ter muitas ilusões a respeito do desenvolvimento espiritual e do papel que desempenha na vida. Irá naturalmente esperar que ele seja fácil e, contudo, ao trilhá-lo, pode apresentar uma opção inconsciente por determinados sofrimentos. Pode ter uma forte necessidade de ignorar ou negar quaisquer imperfeições nas questões que considera vitais em sua vida.

As escolhas positivas lhe chegam quando ela está pronta para integrar os anseios de Netuno a um estilo de vida holístico, seguindo harmoniosamente a sua direção. Se nada for reprimido ou desprezado, se todas as partes, impulsos e necessidades forem honrados e receberem alguma atenção, todos os deuses e deusas (que representam partes internas a serem honradas e manifestadas positivamente) ficarão satisfeitos, bem como o Pai Céu e a Mãe Terra, pois ela estará cumprindo com todo o seu potencial único, com aquilo que só a ela mesma pode ser.

O principal obstáculo a essa total realização de Ser é a anteriormente citada falta de consciência do que são os valores supremos e de como eles afetam a sua qualidade de vida.

Isso tudo não deixa de ser até um pouco engraçado, pois a Clara é de um tipo de pessoa que, quando possui uma fé profunda e fundamental de que todas as coisas parecem perfeitas, elas surpreendentemente parecem sê-lo. Nisso, ela não desprezou ou evitou a consciência, mas ela enxergou através das aparências superficiais ao tentar alcançar o significado fundamental, as conseqüências do que está acontecendo no presente.

Ela sente um fluxo na vida, um propósito que é de fato maior do que os reveses temporários que perturbam freqüentemente as pessoas em geral, isso porque ela vê os acontecimentos sob um prisma bem diferente e talvez até nem saiba disso, já que é parte da sua natureza.

Enquanto uma pessoa comum poderia interpretar a morte de um amigo como prematura e injusta, a Clara (que tem suas mais difíceis iniciações no contato com as mortes e perdas profundas) poderá saber num nível interno (igualmente profundo) que o amigo precisava avançar para novas experiências a fim de dar o passo seguinte no seu desenvolvimento. Grandes aprendizados se desenvolvem internamente a partir de tais experiências.

A Clara aprende a sofrer, sim, por si mesma e pela sua sensação de perda, mas é capaz de atingir também a compreensão mais elevada de que tudo aconteceu por algum motivo (nem sempre o mesmo em diferentes situações de perda ou morte) que é digno, bom e especial, mas que a limitada vida e visão humana não logra entender completamente.

A partir da essência mais profunda da sua fé (nem sempre consciente, mas sempre inabalável) surge força suficiente para conseguir ver através da superfície e perceber um padrão maior e mais abrangente no fluxo da vida.

Ela pode executar opcionalmente tudo o que muitas pessoas com anseios psíquico-espirituais e emocionais apenas anseiam por fazer, desde que opte por viver em contato consciente tanto com o mundo da realidade física quanto com o mundo da realidade espiritual, de forma que um eleve o outro.

Se a Clara optar por seguir o caminho do verdadeiro aprendizado do Amor, descobrirá que, fazendo o que ama, escolhendo o que ama e vivendo pelos princípios e sentimentos do que ama, o resto de sua vida parecerá encaixar-se como se fosse um quebra-cabeça harmonizado por um poder muito maior que sua capacidade consciente de resolver os seus próprios problemas.

Então pode aos poucos libertar-se das lutas engendradas pelo seu carma, trazendo-o para a luz da verdadeira compreensão. As lições cármicas são evidenciadas em diversos pontos do mapa natal, mas somente podem ser aprendidas através do Amor. Se alguém tentar superar o carma sem partir da fonte do amor, retornará de novo e de novo ao mesmo ponto de partida, pois toda a importância das profundas lições da vida só pode ser apreciada quando se percebe o amor como fonte e solução de toda a felicidade.

Cada pessoa tem o seu próprio caminho de amar e de aprender a amar. O amor é a colheita do que semeamos. Se a Clara cuidar de si mesma e dos outros, cultivando a cada dia as plantas de sua vida, inevitavelmente sentirá o amor como resultado final de seus esforços. Entretanto, é preciso ter consciência de que o jardim demora a crescer. Às vezes, é preciso recuar um ou dois passos antes que o avanço desejado corra de fato. O amor floresce em sua vida somente após ter arado cuidadosamente o solo, plantado as sementes e cuidado com desvelo do jardim da sua consciência, assim os verdadeiros desejos da Alma podem brotar, pois foram antes fertilizados.


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fazem quase 7 anos que eu nao posso nem negar que sei que sei que nao sei que sei

hoje foi a primeira vez que li sem escudo

o tempo parou agora

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

i am the ocean
lit by the flame
i am the mountain
peace is my name
i am the river
touched by the wind
i am the story
i never end
acho uma pena sacrificar bem querer
entendo que isso nao eh um embrutecimento
respeito o limite do convite que eh feito ao meu entendimento
mas tenho ganas de gritar que eh soh isso
porque eh tao incoerente agora usar a beleza do espirito para seduzir
e estou exausta da vertigem do teu querer que parece se sentir tao avexado

nao quero sopra-lo poeira nos olhos dos adversarios
nem que tatues como simbolo - como se fosse possivel representar deus
te levo dentro simples
indiferente aos discursos idiotas de ode ao sofrimento mundano
ou das estupidas ideias de superacao e reciprocidade
o que termina aqui
eh filho da escolha de nao te destruir
e de tudo que eu preciso entender sentindo sem entender




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

dissolver o trágico
e ter sempre dentro o sentido exato temporário que ele foi

fogueira me lambe
o ventre contorce nós
e esfacela os ossos

sou poça rasa roja no asfalto

nada resta até abrir os olhos
so vejo céu
olhando pra cima enxergo pela primeira vez sem certa distorcao
raio de sol me eleva no ar gentil e vertiginoso
la em cima, hara inchada de dor explode

chovo flor no mundo

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A vida precisa do vazio: a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta. A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida. Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito. E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas. A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio. Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar. São umas chatas quando não são autoritárias. Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar. A essas pessoas é fácil amar. Elas estão cheias de vazio. E é no vazio da distância que vive a saudade...


(o vazio - rubem alves: http://www.rubemalves.com.br/ovazio.htm)
[...] ella escribió, que la memoria es frágil y el transcurso de una vida es muy breve y sucede todo tan deprisa, que no alcanzamos a ver la relación entre los acontecimientos, no podemos medir la consecuencia de los actos, creemos en la ficción del tiempo, en el presente, el pasado y el futuro, pero puede ser también que todo ocurre simultáneamente, como decían las tres hermanas Mora, que eran capaces de ver en el espacio los espíritus de todas las épocas. Por eso mi abuela Clara escribía en sus cuadernos, para ver las cosas en su dimensión real y para burlar a la mala memoria.

(a casa dos espiritos, isabel allende)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011



ah, que lindeza
criamos inimigos enquanto precisamos combater-nos
ficar sacando o comportamento do fogo em noite de vento rodopiante
vale toda uma vida o brilho dos nossos olhos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

somos engracados nos justificando

tenho um espirito zombeteiro

muito prazer em gargalhar a graca da descontrucao de uma dor

gracioso movimento espiralado

furacao atras do umbigo



o tempo eh muito gentil
descubro meu corpo agora
a partir dessa leveza


sabio chines dadaista tirador


http://explodingdog.com/title/sometimesihavesomuchfuniforgetabouteverything.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011



vontade de sentir o que ela sente
lembro que nao comecou assim
mas no fim da semana estava chamando todas as criancas de meu amor

esse foi o apelido mais primitivo que eu ja quase inventei
all i heeeeeear is
buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuurrrrrnnnnnnnnnn taaaa tananana

todo mundo ardendo na terra agora
autocura violenta
moralidade abandonada
pelo direito de se absurdar