quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

eh muito ano novo junto

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

que força foice
minha cabeça rolando vendo o chão espiralando céu e inferno numa reta só

ninguém é minha mãe

o tempo é a perfeita graça do caos
a coisa mais bonita da vida eh o tempo

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

À Procura da Morada de Deus

Reúna toda sua coragem e mude tudo. Você continuará existindo, mas de uma forma tão nova que não conseguirá conectá-la com a antiga. Haverá uma descontinuidade. A velha era tão pequena, tão baixa, tão mesquinha, e a nova é tão vasta. A partir de uma gota de orvalho, você tornou-se um oceano. Porém, mesmo a gota de orvalho caindo da folha de lótus treme por um instante, tenta se segurar um pouco mais, porque pode ver o oceano... Uma vez que tiver caído da folha de lótus, estará acabada. Sim, de certa forma não existirá mais, pelo menos não como gota de orvalho. Mas não será uma perda. Terá se tornado oceânica. E todos os outros oceanos são limitados. Apenas o oceano da existência é ilimitado.

Falei muitas vezes sobre um lindo poema de Rabindranath Tagore. O poeta está à procura de Deus durante milhões de vidas. Ele o viu algumas vezes, longe, ao lado de uma estrela, e começou a mover-se nessa direção, mas, quando chegou à estrela, Deus havia se deslocado para outro lugar. Ainda assim continuou a procurar - ele estava realmente determinado a encontrar a morada de Deus - e, para sua grande surpresa, um dia encontrou uma casa em cuja porta estava escrito: "Morada de Deus." Você pode imaginar seu contentamento, seu êxtase. Subiu correndo os degraus e, na hora em que ia bater na porta, sua mão ficou paralisada. Pensou: “Se essa for mesmo a morada de Deus, então estou acabado, minha busca terminou. Me identifiquei com essa busca, não há nada mais que eu conheça. Se a porta abrir e eu estiver diante de Deus, a busca terá terminado. O que farei depois?” Começou a tremer de medo, tirou os sapatos e desceu de volta os magníficos degraus de mármore. Seu medo era de que Deus abrisse a porta, mesmo sem que ele tivesse batido. Depois começou a correr o mais rápido que pôde. Achava que estivera correndo atrás de Deus o mais rápido possível, mas nesse dia correu ainda mais, e nunca olhou para trás. O poema termina assim: “Estou em busca de Deus. Conheço sua morada, então evito passar por perto e procuro em todos os outros lugares. Há uma grande excitação, um grande desafio, e em minha busca continuo a existir. Deus é um perigo – eu seria aniquilado. Mas agora não tenho mais medo nem de Deus, pois sei onde ele mora. Então, deixando sua casa de lado, posso continuar procurando por ele em todo o universo. Lá no fundo sei que não é Deus que busco. Minha busca serve para alimentar meu ego.” Geralmente não se associa Rabindranath Tagore com religião. Mas apenas um homem religioso extremamente experiente poderia ter escrito esse poema. Não é um poema qualquer, ele contém uma grande verdade. Essa é a situação: o êxtase não permite que você exista, você tem que desaparecer. É por isso que você não vê muitas pessoas em êxtase pelo mundo. A infelicidade alimenta seu ego, e é por isso que há tantas pessoas infelizes no mundo. O ponto central e básico é o ego. Para atingir a verdade suprema, você precisa pagar o preço. E o preço nada mais é que se desfazer do ego. Então, quando você encontrar um momento assim, não hesite: desapareça, dançando. Com uma grande risada, desapareça. Com canções em seus lábios, desapareça.
tinha uma joaninha laranja ontem boiando numa xicara que tinha agua, com as asas abertas parecendo uma flor de lotus ali deslizando
botei ela numa planta da sala, escorregou da folha lisa e ficou ainda ratiando sem se entender muito ali na terra, ai eu me toquei que ja estava avacalhando no assistencialismo e pensei agora eh contigo

dai agora a joaninha laranja ta parada no sofa aqui do meu lado, eu fui mexer com ela achando que ela estava morta e pensando bah que sinal de merda e dai ela deu uma reagida
ta soh tomando uma brisa do ventilador
calor pra caraleo veio
um dia quando eu tinha uns 10 anos na aula de leitura na bibliotequinha do apeles o buiu escreveu um poema baseado num poema do mario pirata da minhoca gordona que nao passava pela porta e tinha que entrar pela janela. eu nao lembro dos versos, mas ele chamou a minhoca dele de claraluz e mantinha o tema e lembro muito da voz dele e da da lingua presa falando claraluz. os olhos da professora brilharam muito e ela achou uma maravilha quando ele leu o poema pra turma. eu fiquei muito puta, porque nem existia isso de bullying, mas eu via um padrao ali. como a professora nao tinha me defendido? como ela pode achar uma maravilha? eu ate fumei uns varios na jaime telles com o buiu tempos depois e quando ele encontrava a minha mae sempre perguntava por mim, claraluzzfff. eu nao guardava rancor do buiu. muito muito tempo eu levei pra entender a professora. acho que foi quando me disseram que o buiu tava no presidio central.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

o amor ira dancar em torno da fogueira das cartilhas

propriedade unificada da compaixao
compartilhando os diferente niveis de evolucao em harmonia

tinha uma musica do marat/sade que eu o negro e a negra gostavamos de cantar e a minha mae ficava de ai que horror, feito a do exu caveira que a gente aprendeu la em bage. era assim:

dizem (dizeeem)
que a cabeca (que a cabecaaaa)
quando erguida pelas maos de um carrasco ainda esta viva
que os olhos ainda veem
que a lingua ainda se movimenta
e que embaixo os bracos e as pernas anda se agitaaaam


o que nao eh deste mundo permanece

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

a coisa que mais impressionou a mim e ao argentino dos caixinhos foi a entrega dos corpos das mulheres, que era o que se podia ver e que devia ser do tamanho da viagem do espirito delas.
um manto sobrenatural caindo delicado sobre as cabecas de cada uma delas se enxergava e eramos uma flor grande aquele circulo vermelho perfumado de vento salgado.
dai a lua foi criada pelos mestres do universo pra dar ritmo
a bruma baixou e nao se pode ver mais a sete palmos toda a noite
depois ela se escondeu nas nuvens de chuva e naquele dia uma bruma passou por nos e foi indo pro canto da guarita que tava ecoando tambor e brilhando fogo
achamos que era um pagode mas eram cerca de 13 ciganas bailando, pombas giras e tocava uma musica do ze pilintra
no outro dia, dia a bruma tava meio invisivel e havia 5 graus de diferenca na berinha d`agua e dois passos dali
e no outro outro dia os ciganos fizeram o nosso caminho e pararam no lago pra ver as inacreditaveis full tartarugas