quinta-feira, 23 de abril de 2015

carol otto

Era uma tarde de verão, dessas que o sol abraça a Praça da Esplanada toda de dourado.
À soada habitual de oralidades, sirenes, jingles e batidas foi somado um som novo e extraordinário.
Os mais novos golpeavam as teclas do instrumento com os punhos fechados, buscando reproduzir as familiares batidas do Funk carioca.
O argentino Jorge assistia a cena aflito, tomado de dó pelo Carol Otto.
Rodrigo esperava pacientemente sua vez e explicava às crianças sobre as escalas e a posição das mãos para tocar o piano oferendado no centro daquela praça.
O músico gentil, multi-instrumentista autodidata, abandonou o caminho que o levava à carreira de futebolista quando aos doze anos de idade ganhou um cavaquinho da avó, que com coração orgulhado ouvia falar que o neto foi visto nas soleiras das portas das casas da Restinga Velha estudando o instrumento.
Havia tocado um piano apenas uma vez, um inesquecível precioso piano de cauda. Esquecera-se de como eram macias as teclas e da vibração da dança dos pedais.
Então passou a ser visto novamente pelas ruas da vila em seus estudos musicais.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

abre aquele
anm
ABRE AQUELE ALI , ABRE AQUELE ALI COM OS NÚMEROS, ABRE