o galo canta três e trinta
eu vou pro dia escuro do corredor das telhas amarelas e do mato verde todo azul da vó
sinto a aspereza cinza das tábuas finas e compridas do galpão caindo e voando pó brilhante areia nos dentes
mãe madrugada umida estende os braços
eu pinto
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
ela atravessou a rua para o corredor de ônibus depois de chegar na janela de um carro que não abriu, ali onde os postes de luz estavam apagados na osvaldo
eu queria comprar o jornal mas não tinha dinheiro
ela nem ofereceu porque como a maioria dos vendedores só tinha um exemplar
me pediu moedas pra apoiar
15 centavos eu tinha
eu falei da epa
ela abriu um sorriso redondo com seus lábios cheios
- não, não vai fechar não, não tá sabendo?. e o bandejão também vai abrir. é pra dois mil e quinze. vai abrir o bandejão comunitário. e a epa vai seguir tocando bala. - disse balançando os dedos como o didi mocó
eu queria comprar o jornal mas não tinha dinheiro
ela nem ofereceu porque como a maioria dos vendedores só tinha um exemplar
me pediu moedas pra apoiar
15 centavos eu tinha
eu falei da epa
ela abriu um sorriso redondo com seus lábios cheios
- não, não vai fechar não, não tá sabendo?. e o bandejão também vai abrir. é pra dois mil e quinze. vai abrir o bandejão comunitário. e a epa vai seguir tocando bala. - disse balançando os dedos como o didi mocó
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
quando eu fizer me engolir a terra
e o chão tempo multifacetar
ódio que resiste
quer que os companheiros sejam dignos
rodas dos solitários mecanismos de desunir
fujo da dor com os dentes cerrados
o sangue grosso e escuro estancado nos tornozelos
o ventre seco de medo da morte
alumiada dos olhos do mago
choro de feliz
a sombra que reconhece a graça permanecerá?
e o chão tempo multifacetar
ódio que resiste
quer que os companheiros sejam dignos
rodas dos solitários mecanismos de desunir
fujo da dor com os dentes cerrados
o sangue grosso e escuro estancado nos tornozelos
o ventre seco de medo da morte
alumiada dos olhos do mago
choro de feliz
a sombra que reconhece a graça permanecerá?
sexta-feira, 27 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
segunda-feira, 16 de junho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
jonas batia pontos de ogum no fio da calçada esperando a sinaleira
vinha do meio da nuvem marrom dourada de mar verde
as vezes
aos poucos
dilatava as pupilas e de um só trago tudo escurecia
e fitas de todas as cores chegavam ao chão desde a cintura
todas as coisas passam pela luz do imensurável silêncio de jonas
vinha do meio da nuvem marrom dourada de mar verde
as vezes
aos poucos
dilatava as pupilas e de um só trago tudo escurecia
e fitas de todas as cores chegavam ao chão desde a cintura
todas as coisas passam pela luz do imensurável silêncio de jonas
terça-feira, 8 de abril de 2014
segunda-feira, 31 de março de 2014
o ar vem sempre cheio de coisas curtas e despretensiosas e de pequenas flores que colidem e espumam
todo espaço pensado ou impossível cabe num sorriso sem dentes dos peitos devotos e compadecidos da razão que vê descompasso no movimento de fertilizapodrecer
translúcidos hasta los ossos
cobertos pelas doutrinas da miséria
puxamos todo o ar que podemos pela boca
solavanco pra que descarregue na terra sem tempo de germinar
melodia nasceu das curvas da fumaça
da clara expansão
todo espaço pensado ou impossível cabe num sorriso sem dentes dos peitos devotos e compadecidos da razão que vê descompasso no movimento de fertilizapodrecer
translúcidos hasta los ossos
cobertos pelas doutrinas da miséria
puxamos todo o ar que podemos pela boca
solavanco pra que descarregue na terra sem tempo de germinar
melodia nasceu das curvas da fumaça
da clara expansão
quarta-feira, 12 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
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