pedro sobe na mesa e com os dedinhos em pinça balança uma camisinha, declara:
-eu sei o que é isso!
os caras se olham e perguntam ao mesmo tempo:
- tá, o que que é isso?
ao que ele responde eloquente:
- é o temperinho da miojo!
ídolo, ídolo!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
então uma formiga
caiu do teto
ou vai saber de que dimensão também
em cima do teatro do bem e do mal do galeano
deu-se um estampidinho seco e curto
de formiga caindo em cima dessas capinhas de papelão
agora tá aqui que vai de um lado pro outro na minha volta
percorre a borda de tudo
balançando as antenas nos abismos
caiu do teto
ou vai saber de que dimensão também
em cima do teatro do bem e do mal do galeano
deu-se um estampidinho seco e curto
de formiga caindo em cima dessas capinhas de papelão
agora tá aqui que vai de um lado pro outro na minha volta
percorre a borda de tudo
balançando as antenas nos abismos
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
y veio um nó na garganta
y um gelo que lembra medo
de um lugar sem tempo
sensação sem nome
apertar os olhos com a mesma força com que jogar luz por todos os buraquinhos do corpo
encolher os ombros
y tragar fundo
espantei o inseto que rodopiava na altura da minha orelha e que tinha pousado em uma coxa,com uns tapinhas que quase esmagaram-lhe tudo, tendo no segundo seguinte a nítida e plena certeza de que dentro tinha alguém querendo minha companhia, só isso
daí me doeu e ele não voltou mais, que foi a certeza que eu tive no outro segundo.
y agora, nesses últimos segundos, y só nesses
ele deu uma decolagem das mais furiosa, percorrendo meu perímetro, mergulhando no horizonte que mora na altura do topo da minha cabeça
me deixando um mantra no ouvido
um barulho curto de voar
y um gelo que lembra medo
de um lugar sem tempo
sensação sem nome
apertar os olhos com a mesma força com que jogar luz por todos os buraquinhos do corpo
encolher os ombros
y tragar fundo
espantei o inseto que rodopiava na altura da minha orelha e que tinha pousado em uma coxa,com uns tapinhas que quase esmagaram-lhe tudo, tendo no segundo seguinte a nítida e plena certeza de que dentro tinha alguém querendo minha companhia, só isso
daí me doeu e ele não voltou mais, que foi a certeza que eu tive no outro segundo.
y agora, nesses últimos segundos, y só nesses
ele deu uma decolagem das mais furiosa, percorrendo meu perímetro, mergulhando no horizonte que mora na altura do topo da minha cabeça
me deixando um mantra no ouvido
um barulho curto de voar
VI
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
cecília meireles, cânticos
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
cecília meireles, cânticos
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