terça-feira, 28 de abril de 2009


Free Me - Free

e isso é tudo que eu toco no baixo
tah
vou partir para coisas mais complexas

segunda-feira, 27 de abril de 2009

como a gatos acaricio con ternura mis emociones negativas.
alejandro jodorowsky

violência cega é arte desperdiçada

(...)



april is a cruel time
encontro de águas
alguém se afoga
e conhece o fundo do mar

lá tem peixes que brilham

sábado, 25 de abril de 2009

sonhei com a maria
eu girava ela no ar
e ela ria, ria

então surgiu no céu um pássaro enorme, negro e vermelho
que parecia um condor, mas era um pássaro que não existe
pousou perto
e ficou nos guardando
sou toda tua contradição
todo o teu egoísmo
todo o teu gozo

sou tu quando és feio e baixo
sou tu quando és alta luz

sou feita do mesmo pó de estrelas
de que são feitos os espíritos livres
que se jogam graciosos nos precipícios

quinta-feira, 23 de abril de 2009

o que eu quero
se encontra entre o silêncio e o mistério

no vermelho
e no fogo
onde me torno pura e forte
onde os medos ardem em chamas

sozinha,
em cinzas,
me entrego ao vento
y me espalho pelo ar

quero o infinito
thank you - sam brown
a música e os cheiros
são por onde se voa no tempo

escutava essa musiquinha bonita e brega, que parece de caminhoneiro
quando estava cheia de borboletas dentro na barriga
e luz branca quente na garganta

e nada importava

 wishbone ash - sorrel

terça-feira, 21 de abril de 2009

você é o que você come:
agora eu sou o chá de hibiscus

sou a fênix em chamas

domingo, 19 de abril de 2009

viva

então Jesus deitou-se comigo
e as mãos santas me amaram com o ímpeto e o furor de um deus
foi quando as portas do céu e do inferno se abriram
e as coisas perderam seus nomes

as estrelas caíram e brilhavam por toda parte
o fogo e a água dançavam juntos em espirais cintilantes
tudo flutuava soprado por um vento leve

anjos, demônios e homens amavam-se embriagados pelo vento
cheios de música
e de paixão

tudo girava livre pelo ar
e o caos era o tudo despretensioso do futuro
era a verdade e era bonito

Cristo beijava-me as costas
e sussurrava profano e doce ao ouvido
ordenava:
- viva!
me inventei e me crio
do barro
moldo sonho, medo e fúria

mutante e irreversível
nada tenho de sólido e intacto

e me moldo ao sol novo
à fase da lua
à força da onda
aos talhos do amor
ao som da música
e ao giro do vento