domingo, 19 de abril de 2009

viva

então Jesus deitou-se comigo
e as mãos santas me amaram com o ímpeto e o furor de um deus
foi quando as portas do céu e do inferno se abriram
e as coisas perderam seus nomes

as estrelas caíram e brilhavam por toda parte
o fogo e a água dançavam juntos em espirais cintilantes
tudo flutuava soprado por um vento leve

anjos, demônios e homens amavam-se embriagados pelo vento
cheios de música
e de paixão

tudo girava livre pelo ar
e o caos era o tudo despretensioso do futuro
era a verdade e era bonito

Cristo beijava-me as costas
e sussurrava profano e doce ao ouvido
ordenava:
- viva!