terça-feira, 13 de dezembro de 2011

eu tava com medo
dai fui arrumar a cama da vó, que era a minha, eu não tenho mais
me vi no espelho
e eu vi a clareza da essência

não sou o amor que recebo
não sou a beleza que vêem os olhos

sou o amor que multiplico
sou bonita temperança

pra roda do medo
são atraídos todos os perigos do mundo
cegos adrenalinados
perigosos
secamos a fonte do fantástico

intuição não tem palavra
amor não tem contexto
um dia eu abri a porta
e a palavra sentou no tapete da sala