sábado, 2 de junho de 2012

eu não preciso permissão

;)

honestidade nunca grita
não  tem forma

não deixa de ser bonita a minha tentativa de emoldurar o desejo

se o desejo é honesto é a crítica que me põe em estado contemplativo mudo paralítico

o dia em que o coração disse palavra clara
eu vesti minha pele
e decidi tocar o chão

a recompensa foi descobrir que a recompensa eh o limite suicida da intenção

refinar o sopro
pra buscar a exatidão que o caos da poesia permite

transcender o desejo é um mistério que não se envolve aqui
esse desejo ainda é flor muda, coluna de serpente

não são os mistérios que me iluminam agora
mas a claridade do que é simples
e nunca precisou ser dito